António Costa defende uma Lisboa mais moderna, sustentável e a olhar para o futuro
Fórum de Lisboa cheio para ouvir o balanço do trabalho desenvolvido por António Costa à frente da Câmara Municipal de Lisboa (CML). Após fazer uma rápida análise sobre o passado recente e comentar a gestão da anterior coligação de direita, que “deixou uma herança pesadíssima”, o presidente da câmara referiu-se à crise económica e financeira que o mundo atravessa, “crise à qual a CML não tem como fugir”.
Que políticas e em que áreas é prioritária a intervenção da edilidade, de forma a minimizar o impacto da crise e da herança deixada pela direita, foi o cerne da intervenção de António Costa, para quem existe um conjunto de sectores aos quais importa dedicar especial atenção designadamente, os espaços públicos, por constituírem, porventura, a par do trânsito e do parque habitacional, uma das facetas da administração da cidade onde mais trabalho há a fazer.
Logo que assumiu a responsabilidade autárquica, António Costa avançou para a resolução de um conjunto de obras que, ou se “arrastavam há anos e nunca mais eram acabadas”, ou, estando concluídas, não havia maneira de serem devolvidas à população.
É o caso, entre outros, do Jardim de S. Pedro de Alcântara, dos palácios de Galveias e Bensaúde, ou ainda das piscinas municipais dos Olivais, Areeiro ou Campo Grande.
Mas outras áreas mereceram também uma atenção por parte da autarquia, como seja o caso do museu do Design, “que não havia maneira de avançar e que hoje está aberto ao público na Baixa lisboeta”, o Parque Mayer, onde, depois de se terem cumpridos todas as regras se abriu o respectivo concurso público para a sua reabilitação, ou ainda, o assinalável investimento que a edilidade tem vindo a efectuar na recuperação de pavimentos e de calçadas, devolvendo à cidade a dignidade e o brilho que uma capital europeia reclama.
António Costa falou, por fim, num vastíssimo conjunto de outras iniciativas lideradas pela autarquia, que, ou estão já concluídas, ou em pela execução.
É o caso da reabilitação urbana, com mais de três centenas de empreitadas lançadas, criando cerca de cinco mil postos de trabalho, o ambiente, com a Carta Verde concluída e aprovada, um novo colector de saneamento básico e uma nova conduta para abastecimento de água, para além de uma verdadeira revolução urbanística desenvolvida na mais emblemática praça da cidade, o Terreiro do Paço, onde estão a decorrer obras de extrema importância para a qualidade de vida da cidade.
A par disto, foram ainda criados 80 quilómetros de faixas “bus”, sendo já hoje possível aos autocarros da Carris circularem, por exemplo, entre Algés e Moscavide sempre em faixas próprias, desenvolvidas cerca de 40 quilómetros de ciclovias, “estando concluídos 28 quilómetros até ao final deste mandato”, e efectuou-se uma grande aposta na educação que passou pela melhoria da qualidade dos edifícios escolares.
Para este sector estão orçamentados perto de 50 milhões de euros, que serão destinados não só à reabilitação, mas também à construção de duas novas escolas do 1º ciclo.
Preparar o futuro é o grande desígnio de António Costa, por isso a aposta na Carta Estratégica de Lisboa, documento que o autarca considera fundamental, “para se poder ter uma ideia clara e uma visão aproximada do futuro da cidade”, na medida em que permitirá ter um panorama o mais objectivo possível quer em relação à demografia, quer ao tipo de vivência existente, quer ainda em relação às questões ambientais e à base económica da cidade.
A Carta Estratégica de Lisboa, segundo António Costa, permite ainda ficar-se com uma ideia objectiva das características da população e do modelo de governo que mais se poderá adaptar à cidade