A campanha do PS está a agudizar as diferenças em relação ao seu principal adversário, o PSD. O TGV e os investimentos públicos continuam a dar o mote à caravana de José Sócrates pelo país.
«Eu sou do tempo em que ouvia falar do orgulhosamente sós e não quero que esse tempo regresse», afirmou, esta terça-feira José Sócrates, para explicar a uma plateia de empresários a diferença entre PS e PSD acerca do TGV, e dando como exemplos de líderes modernos tanto Barack Obama, como José Luís Zapatero ou Nicolas Sarkozy.
Segunda-feira à noite, o cabeça-de-lista pelo Algarve, João Soares, já tinha avisado que a escolha dos portugueses, nas eleições de dia 27, é entre Sócrates e «a outra senhora» numa clara colagem de Ferreira Leite não só ao conservadorismo, como ao Estado Novo.
Durante o almoço de esta terça-feira, não foi só Sócrates a fazer referência ao TGV e à polémica com os espanhóis. «Torres Novas quer muita a Espanha a Inglaterra ou a Bélgica», afirmou o presidente da Câmara, António Rodrigues, no seu discurso inicial, destacando um investimento recente de «500 milhões de contos» de uma empresa espanhola no distrito.
«Tem um perfume bom!»
Ao discursar para cerca de 700 empresários, Sócrates insistiu nas questões de qualificação e energia, mas nada disse sobre dois aspectos que mais preocupam aquele sector: a política fiscal e a burocracia.
Pela manhã, o candidato do PS visitou um centro social para crianças e idosos na localidade de Pego (Abrantes), que quis mostrar como um bom exemplo. Sócrates chegou uma hora e meia atrasado, mas as pessoas não arredaram pé para ver ao vivo o primeiro-ministro.
«Aqui, é mais novo e mais bonito do que na televisão», comentava uma moradora de Pego para o marido, enquanto outra, que mal acabara de beijar na face Sócrates, não se conteve e confidenciou a uma amiga: «Tem um perfume bom! Melhor do que o do meu marido!».
«Não me importava nada que este fosse meu marido», respondeu-lhe, bem-disposta, a sexagenária.
No seu primeiro discurso no congresso de Espinho, que durou 50 minutos, foi sobretudo aplaudido quando atacou as «calúnias» na vida política, numa referência ao caso Freeport, e quando, em nome da governabilidade no país, colocou como objectivo dos socialistas uma nova vitória nas eleições legislativas com maioria absoluta.
Depois de referências às medidas do Governo ao longo dos últimos quatro anos, onde atacou por várias vezes as forças da oposição, Sócrates dedicou um breve período da sua intervenção à vida interna no PS.
Sem nunca se referir ao ex-candidato presidencial Manuel Alegre, Sócrates procurou acentuar a ideia de que o PS «é uma partido unido nas sua diversidade».
«Não há excluídos, perseguidos ou silenciados. Neste partido não tememos a clarificação política», disse, numa referência implícita às vozes que têm falado em clima de medo dentro do PS liderado por Sócrates.
Neste capítulo, o secretário-geral do PS também garantiu abertura do seu partido a outros sectores da sociedade civil, aos independentes, dando como exemplos o movimento Novas Fronteiras, a Fundação Res Pública e a associação Geração de Ideias, mas esqueceu o Opinião Socialista (OPS) - tendência política liderada por Manuel Alegre.
Sobre a vida interna do PS, Sócrates recebeu uma prolongada ovação quando considerou que todos os anteriores líderes do partido «foram uma referência» na História da democracia portuguesa, citando os nomes de Mário Soares, Víctor Constâncio, Jorge Sampaio, António Guterres e Ferro Rodrigues.
Depois de homenagear o presidente do PS, António de Almeida Santos, Sócrates terminou o discurso com uma mensagem de optimismo: «Neste momento de exigência, está aqui um partido bem consciente das suas responsabilidades».
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