António Brotas critica «brilhantes oradores» socialistas
António Brotas, autor de uma moção política de orientação global que não reuniu as 50 assinaturas necessárias para ser discutida no Congresso do PS, criticou o Governo e «alguns brilhantes oradores que às vezes se ouvem a eles próprios», sem reparar na realidade
Apesar de não conseguir reunir o número de assinaturas necessárias para ver a sua moção política de orientação global debatida, António Brotas subiu à tribuna no Congresso do PS, que decorre até domingo em Espinho, e lançou críticas ao PS e ao Governo.
Considerando que o executivo socialista podia fazer melhor face à actual crise internacional, António Brotas frisou que o Governo «tem em seu desfavor o não poder contar com um partido onde os problemas sejam debatidos» e que procure soluções e chame a atenção para as «lacunas».
Referindo-se a dois «brilhantes oradores» do Congresso do PS, o socialista afirmou que «António Costa e Augusto Santos Silva às vezes se ouvem a eles próprios e não notam que estão a falar em quase absoluta contradição com a realidade».
Também Fonseca Ferreira mostrou um discurso crítico em relação ao executivo socialista, num encontro que está a ficar marcado pela solidariedade para com José Sócrates.